Tabla de Contenidos
Muitos candidatos estão de olho nos tipos de cultura organizacional das empresas. Cada vez mais os profissionais buscam companhias que tenham os mesmos valores e propósitos que os seus. Afinal, a satisfação no trabalho vai muito além de salários e benefícios atraentes.
Segundo o relatório divulgado pela PWC, empresas que definiram sua cultura e a propagaram com eficiência para toda equipe possuem 63% dos colaboradores mais motivados. Já as organizações que não investiram na implementação de valores sólidos têm apenas 31% dos funcionários com motivação.
Ou seja, a importância da cultura organizacional na gestão de pessoas é evidente: quanto mais colaboradores alinhados com a missão corporativa, mais a empresa será unificada e terá um impacto positivo interna e externamente.
Vamos entender o que é cultura organizacional, saber a sua importância e conhecer os seus principais tipos? Continue a leitura!
A cultura organizacional é composta por valores, crenças, hábitos, princípios e comportamentos que resultam na identidade da empresa. Ela serve como um guia para todos os colaboradores saberem como agir em situações cotidianas e nas tomadas de decisão.
Estabelecer a própria cultura ajuda todos a caminharem na mesma direção. Ela orienta a forma de pensar e agir, impactando também no relacionamento entre colaboradores e líderes, por exemplo. Além disso, ela interfere em mais aspectos, como:
A cultura influencia diretamente o clima organizacional. De acordo com as regras estabelecidas, o ambiente de trabalho pode ser atrativo para uns e insatisfatório para outros. Como, por exemplo, o dress code da empresa, a forma de falar e se posicionar no mercado, a flexibilidade de horários de trabalho etc.
A partir da determinação da cultura empresarial, a companhia pode desenvolver mais assertivamente sua missão, visão e valores. Geralmente, os tipos de cultura organizacional possuem três camadas:
Ou seja, os tipos de cultura organizacional partem de um nível mais superficial e consciente (artefatos) para outro mais inconsciente e intangível (pressupostos). Todos esses elementos orientam os modos de agir, falar e se comportar com colegas de trabalho, líderes, clientes e parceiros.
A cultura organizacional reflete a essência da organização. É um espelho: mostra o que ela é e como ela pensa. É como se fosse a identidade de uma pessoa.
Aprender sobre os tipos de cultura organizacional leva a empresa a outro patamar de competitividade no mercado. Afinal, a cultura deve se adequar aos objetivos corporativos.
Veja mais benefícios de adotar uma cultura empresarial sólida e coerente:
A cultura corporativa foi categorizada em quatro tipos pelo escritor e filósofo Charles Handy, renomado pensador sobre administração, comportamento e gestão empresarial. Conheça-os:
As organizações que adotam esse tipo de cultura organizacional rígida focam apenas em resultados, promovendo uma competição entre os membros das equipes.
Com centralização de poder em apenas um líder e divisões de trabalho feitas por funções ou produtos, o autor chama também essa categoria de cultura de clube, onde o mais importante é fazer parte do agrado e da rede de contato do chefe.
Com tantas funções centralizadas, o líder pode encontrar problemas em sua gestão, como conflitos internos gerados pela alta competitividade e falta de espaço para desenvolvimento de habilidades e competências de colaboradores.
Na cultura de poder há também barreiras para atitudes, ideias e soluções inovadoras, já que toda a estrutura de gestão é rígida, conservadora e estática.
Essa categoria preza por processos bem-estruturados, com foco no desempenho dos funcionários. Mas, também impede o desenvolvimento de ideias e atitudes inovadoras, já que os processos são rígidos.
Esse é um dos tipos de cultura organizacional que nos deparamos bastante por aí: com processos lentos, burocráticos e engessados.
Outro ponto relevante da cultura de papéis é o destaque à definição da função do trabalho de cada um. A atenção da gestão é voltada ao organograma, quem faz o que, de que forma e para quais resultados.
Aqui, os colaboradores costumam se sentir acomodados e mergulhados em uma rotina sem fim, sem esperança de promoção ou plano de carreira. Até porque não há flexibilidade nas tarefas a serem realizadas: não há espaço para mudanças ou novas percepções.
Muitas organizações de grande porte escolhem esse modelo de cultura, delimitando as funções de cada trabalhador para evitar acidentes e erros.
Aqui, a cultura organizacional é orientada pela definição de tarefas com foco na resolução de problemas.
Segundo Charles Handy, a empresa que possui essa cultura define o problema para depois pensar nos recursos necessários para a resolução.
Os colaboradores tendem a se sentir mais motivados, já que é uma companhia flexível e com espaço para atitudes criativas e inovadoras. Quem apresenta melhor performance, ganha destaque.
Os profissionais são alocados de acordo com o seu potencial. O importante é alcançar bons resultados, mesmo que isso signifique o esquecimento de algumas regras.
Uma das desvantagens desse modelo de cultura é a dificuldade de controlar e monitorar ações e resultados, pois há uma maior liberdade para trabalhar.
Esse tipo de cultura organizacional tem sido um dos queridinhos dos últimos anos. Sabe o porquê? Bem, o foco principal da cultura de pessoas são os profissionais.
Eles são considerados a força vital para o funcionamento corporativo, por isso, são extremamente valorizados.
A equipe de RH impacta diretamente o reconhecimento dos funcionários, propondo planos de carreiras, comunicação interna eficaz, técnicas para atração e retenção de talentos, políticas de incentivo, entre outras ferramentas.
Com uma forte integração entre equipes, há espaço para crescimento, novas ideias e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Além disso, ela tende a apresentar uma hierarquia mais horizontal e funções de trabalho autogerenciáveis.
Ou seja, a cultura de pessoas acaba se tornando uma vantagem competitiva no mercado.
Bastante adotado por startups, esse modelo cultural pode apresentar alguns aspectos negativos também, como descuido com infraestrutura, regras e relacionamento com parceiros.
Percebeu a importância de escolher entre um dos tipos de cultura organizacional condizente com os objetivos da empresa? Ela serve como um mapa, um guia, para orientar consciente e inconscientemente o caminho do profissional contratado.
Quer entender ainda mais sobre organizações e gestão de pessoas? Acompanhe os posts do nosso blog!